Paulo Henrique Amorim
. Um número razoável de leitores que me honra com a leitura deste sítio não gostou da comparação que fiz entre os controladores de vôo e os caminhoneiros que ajudaram a derrubar o presidente Salvador Allende, do Chile.
(Clique aqui para ler “Controladores são os caminhoneiros de Allende”)
. Não tenho a menor dúvida de que o “paro” dos controladores tem vocação política, uma vez que se associa de forma indissolúvel – desde o inicio do “apagão aéreo”, com a queda do avião da Gol – com dois movimentos simultâneos: a pertinaz campanha da mídia conservadora para derrubar o Presidente Lula; e a pertinaz ação dos oposicionistas do Congresso, que tentam transformar CPIs em instrumentos para derrubar o Presidente Lula.
. Sem a mídia conservadora não haveria uma “crise aérea”.
. Ela seria menor, de outra proporção.
. Os controladores, quando “param”, sabem que a mídia lhes dará cobertura: está implícito.
. O Estadão sabe das coisas.
. O Estadão trabalhou incansavelmente para derrubar o Presidente João Goulart.
. E tentou até influir na composição do ministério do primeiro Governo dos anos militares.
. Hoje, sábado, na página C1, do caderno “metrópole” do Estadão, está lá: “Acordo encerra motim de sargentos que fechou 49 aeroportos no país”.
. De todos os jornais da mídia conservadora foi o único que substituiu “controladores” por “sargentos”.
. É uma alusão à revolta dos marinheiros, que precedeu em 6 dias o golpe militar contra Jango.
(Clique aqui para ler mais sobre a “revolta dos marinheiros”)
. Quem sabe o Estadão, num furo de reportagem, localiza o Cabo Anselmo no Cindacta?
Em tempo: é bom não esquecer que em setembro de 1963 houve também uma revolta de sargentos pelo direito de se eleger. Também aí provocaram um “apagão” e o Governo Goulart acabou com a rebelião à força (clique aqui).
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/424001-424500/424258/424258_1.html
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