
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
Petrobras vale mais do que Apple e Google, diz pesquisa

Um estudo inédito realizado pela consultoria Economatica diz que a Petrobras foi eleita a 4ª maior empresa das Américas e superou ícones do capitalismo americano como Apple, Johnson & Johnson, Procter & Gamble, IBM, AT&T, General Electric, Google, Texaco e Coca-Cola, entre outras.
A estatal se destacou entre as maiores empresas do mundo ao crescer significativos 81,8% em valor de mercado em meio à crise econômia global. Nos últimos oito meses, a estatal passou de US$ 95,85 bilhões em 31 de dezembro do ano passado para US$ 173,59 bilhões em 4 de agosto agora e se tornou a 4ª maior empresa de capital aberto das Américas, ranking que inclui os Estados Unidos.
A líder do ranking é a Exxon Mobil, com valor de US$ 344,51 bilhões, mas, diferentemente de Petrobras e Vale, em vez de ganhar valor neste ano, ela perdeu mais de 15%. O terceiro colocado, Wal Mart, também recuou, indo para US$ 194,25 bilhões.
A Petrobras é a maior empresa de capital aberto da América Latina em termos de valores, segundo esse ranking. Em segundo lugar, está a Vale. A terceira posição é ocupada pela mexicana América Móvil, do empresário Carlos Slim, dono da Embratel no Brasil. Seu valor de mercado é de US$ 79,6 bilhões.
Com informações do UOL
Redação Adnews
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Volume de cheques devolvidos cresce 15% no primeiro semestre de 2009

“A elevação da inadimplência de cheques também se deve aos ajustes relativos à crise, ao maior endividamento de parte da população e maior utilização do pré-datado, no período mais crítico da crise, no início do ano, por conta do crédito escasso”, destaca a Serasa em nota.
No primeiro semestre de 2009, foram devolvidos por falta de fundos 14,26 milhões de cheques e compensados 618,69 milhões. Em 2008, em igual período, 14,02 milhões de devoluções de cheques e 701,70 milhões de compensações.
Melhora em junho
A Serasa Experian registrou queda de 19,8% no volume de cheques devolvidos, a cada mil compensados, em junho na comparação com maio de 2009. Foram devolvidos, em junho, 2,14 milhões de cheques e compensados 105,96 milhões. Em maio, o levantamento verificou 2,49 milhões de devoluções e 98,74 milhões de compensações de cheques.
Apesar de junho deste ano ter tido um dia útil a mais que o mês anterior, além do Dia dos Namorados e do feriado prolongado de Corpus Christi, o impacto na inadimplência com cheques foi menor que a verificado em maio, destaca a Serasa. De acordo com os analistas, o recuo é “reflexo do início da recuperação econômica”, com a volta do crédito para o consumidor, com prazos mais longos e juros mais baixos”.
Leia mais sobre: cheques devolvidos
fonte:ultimo segundo
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Brasil reforça pedido por mais abertura
"Tivemos relações amigáveis com o presidente [George W.] Bush e uma relação muito próxima na OMC [Organização Mundial do Comércio]. Mas há uma questão de afinidade com os democratas, e a tendência é que a relação se desenvolva mais ainda", afirmou Amorim após a reunião, na noite de sábado, em Washington.
O Brasil tinha avaliado que não havia interesse de nenhuma das partes para um encontro, mas os planos mudaram e o ministro adiou sua volta a Brasília para poder se reunir com Albright.
Acordo do G20 esbarra em planos de Obama
Compromisso estipulado pelos líderes mundiais deve conflitar com a intenção de Obama de salvar a indústria automobilística nos EUA
Apesar de ter se mantido estrategicamente distante da reunião do G20 no fim de semana em Washington, o presidente eleito Barack Obama ficou satisfeito com as ações indicadas no comunicado final. Um dos itens da carta de intenções dos líderes, porém, foi encarado como potencialmente limitador para seus planos no primeiro ano de governo.
É o item 13 do comunicado, que anuncia moratória de 12 meses em medidas protecionistas pelos países signatários. Se levado ao pé da letra, o compromisso pode inviabilizar o desejo de Obama de salvar a indústria automobilística local com dinheiro do governo, o que ele diz ser uma das prioridades do país.
O presidente eleito reforçou essa opinião ontem.Em entrevista ao programa "60 Minutes" que foi ao ar na noite de ontem na TV dos EUA, ao ser indagado sobre a ajuda a Detroit, Obama disse: "A indústria automobilística ter um colapso seria um desastre neste tipo de ambiente" de crise. "Então, acredito que temos de dar assistência a essa indústria."Os republicanos em geral se opõem à ajuda.
Ontem, o senador Richard Shelby chamou a indústria, que sofre com a queda nas vendas, a falta de crédito no mercado e a concorrência de estrangeiras mais eficientes, de "dinossauro" (leia texto à pág. B5).
No sábado, o presidente George W. Bush havia dito que "um dos perigos durante uma crise dessas é que as pessoas vão começar a implantar políticas protecionistas".
fonte:folha de sao paulo
domingo, 16 de novembro de 2008
O que esperar da reunião do G20?

quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Governo de São Paulo abrirá site gratuito de empregos

Segundo a Abril.com, o registro é gratuito tanto para empregadores quanto para os interessados nas vagas disponíveis, que até agora somam 209 mil, oferecidas por 14,8 mil empregadores cadastrados. Já o número de candidatos registrados é de 303 mil.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Juros: EUA cortam de 1,5% para 1%; Copom mantém 13,75%
Lula faz ironia com Copom e Alencar
O prefeito de Belo Horizonte (MG), Fernando Pimentel (PT), que teve nesta quarta-feira uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse à imprensa que o próprio Lula defendeu a redução dos juros.
Em um momento da reunião de Lula com o oprefeito em fim de mandato e o eleito para sucedê-lo, Márcio Lacerda (PSB), passou pela sala o vice-presidente, José Alencar, mineiro e uma das vozes mais críticas à ortodoxia do Banco Central. "Vamos ver se o Copom vai agir hoje como o Alencar quer", disse o presidente, conforme o relato de Pimentel.
Lula, no entanto, mantém uma política de "autonomia de fato" em relação ao Banco Central. Embora tenha manifestado contrariedade já em outras ocasiões, não ousa enquadrar ou substituir o presidente do BC, Henrique Meirelles, que comanda um bunker ultra-ortodoxo no interior da equipe econômica do governo.
Cortes dos juros se espraiam face à crise
O primeiro corte de juros de outubro nos EUA, no início do mês, foi uma decisão coordenada entre vários países, numa tentativa de resposta conjunta à crise. O desta quarta-feira não, mas coincidiu com decisões semelhantes de outros países.
A China decidiu reduzir em 0,27 ponto a sua taxa de juros básica, de 3,87% ao ano para 3,60%. Esta foi a terceira redução da taxa de juros chinesa em seis semanas.
O banco central da Noruega decidiu no mesmo sentido nesta quarta. Nesta sexta-feira (31) será a vez do Japão examinar um corte nos juros. Esta tem sido a tendência geral dos bancos centrais do mundo, que deixaram de priorizar a rigidez antiinflacionária diante da ameaça maior de uma recessão econômica, muitos deles praticando inclusive taxas de juros negativas.
fonte:Vermelho
O capitalismo vai acabar um dia?

David C. Korten, autor de Life After Capitalism (“Vida Depois do Capitalismo”), em que defende o fim das corporações, para uma economia solidária.
“O capitalismo global não tem rivais sérios. Mas ele poderá destruir a si mesmo.”
Timoth Garton Ash, jornalista britânico, autor de Nós, o Povo, em artigo sobre a falta de sustentabilidade do atual modelo de capitalismo.
“O fim do capitalismo está definido pela chamada 3ª Revolução Industrial – a revolução tecnológica, eletrônica. Uma grande quantidade de força de trabalho é expulsa da produção industrial e não consegue ser reabsorvida. Não há um processo de compensação, mas um processo de expulsão contínua.”
Robert Kurz, sociólogo alemão marxista, autor de O Colapso da Modernização, para quem o capitalismo está numa crise sem precedentes desde 2001.
“Apesar de tudo, (o capitalismo) é o sistema que até hoje melhor conseguiu atender ao tríplice objetivo da liberdade política, eficiência econômica e progresso social.”Roberto Campos, economista brasileiro morto em 2001, em artigo publicado em 1995 no jornal O Estado de S. Paulo.
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
MP 443 serve para aumentar a liquidez do mercado, diz Mantega
Ele lembrou que com a MP os bancos públicos passam a ter as mesmas prerrogativas das instituições privadas.
"Estamos dando um passo a mais nessa direção, pois além de possibilitar a compra de carteiras os bancos públicos que já estão envolvidos nessas atividades também poderão comprar instituições financeiras.
Segundo Mantega, a medida aumenta a concorrência, pois os bancos que estão com problemas eventuais poderão oferecer seus ativos a mais instituições, a melhores preços, já que haverá maior concorrência.
“Hoje você já tem as instituições privadas com a possibilidade de comprar outros bancos. Porque estamos ampliando esta possibilidade, porque os bancos públicos não poderiam fazer isso”.
Fonte: Agencia Brasil
Bush convida Lula para reunião ampliada do G-8 em novembro
Bush também quis informações a respeito da visita que Lula fez a Índia na semana passada. Ele estava interessado em saber se o mandatário brasileiro sentiu que havia um clima favorável, por parte da Índia, da retomada das discussões da Rodada de Doha. Em agosto, um impasse entre a Índia e os Estados Unidos enterrou a discussão sobre a flexibilização internacional do comércio.
Lula fez um relato otimista a Bush e lhe disse que sentiu um clima favorável por parte da Índia.
Mais cedo, o presidente Sarkozy disse que a reunião de cúpula deverá incluir o grupo dos oito países mais industrializados, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Canadá e Rússia, junto com a China, India, Brasil, África do Sul e México.
sábado, 18 de outubro de 2008
Brasileiro vende 'maior coleção de uísque do mundo'

A coleção, de 3.384 garrafas, foi formada pelo brasileiro ao longo de 35 anos. Vidiz viajou o mundo em busca das bebidas para criar sua coleção, considerada a maior do mundo
Os detalhes da venda, inclusive o preço pago pela rara coleção, não foram divulgados. No entanto, especialistas na bebida afirmam que a compilação é "inestimável" e conta com os uísques mais populares até os mais raros.
A coleção será emprestada pela Diageo a uma empresa escocesa de turismo Scotch Whisky Experience, uma atração turística que faz programas especiais sobre a tradição do uísque escocês.
A empresa, que faz parte da tradicional Royal Mile – percurso de uma milha que reúne as principais atrações de Edinburgo -, está construindo uma adega especial para abrigar a coleção.
Fonte: BBCBrasil.com
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Petrobras tem 2a melhor recuperação entre empresas das Américas

Segundo cálculo da Economática, o valor de mercado da estatal que descobriu reservas gigantes no pré-sal da costa brasileira no ano passado subiu 26 bilhões de dólares de 10 a 14 de outubro, contra crescimento de 52,5 bilhões de dólares da Exxon Mobil.
Segundo a Economática, a Petrobras atualmente é a empresa com maior valor de mercado da América Latina. Na terça-feira, o valor da empresa era de 131,6 bilhões de dólares. Nesta quarta-feira, os papéis da companhia acompanham o pessimismo do mercado com a economia e caía 6,04 por cento, por volta das 10h45, enquanto o Ibovespa cedia 5,25 por cento.
"A Vale do Rio Doce é a décima empresa com a maior recuperação de valor de mercado e teve crescimento de 14,4 bilhões (de dólares)...o Bradesco, maior banco por valor de mercado da América Latina, tem a 17a maior recuperação de valor de mercado, com 10,9 bilhões de dólares", informou a Economática.
Fonte: Acorda Brasil
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Brasil entra em lista de países com maior avanço no combate à fome

Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) em parceria com as organizações German Agro-Action e Concern Worldwide.
O GHI de 2008, calculado para mais de 120 países (não para os industrializados), levou em consideração o número de pessoas com deficiência alimentar entre 2002 e 2004, a taxa de mortalidade infantil de 2006 e a desnutrição infantil para o ano mais recente entre 2001 e 2006.
No mundo, sem contar as imensas diferenças regionais, o índice da fome caiu a uma proporção de 20% entre 1998 e 2008.
Fonte : Ultimo Segundo BBC
domingo, 12 de outubro de 2008
Crise pode levar milhões à pobreza

"A economia global foi debilitada significativamente pela crise financeira derivada da escassa regulação das instituições financeiras dos países desenvolvidos", disse Mboweni na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Esta desaceleração e outros fatores, como os altos preços das matérias-primas e a crise do crédito, "ameaçam sufocar nossas conquistas na última década, com o risco de deixar dezenas de milhões de pessoas abaixo do umbral da pobreza".
Mboweni falou ante o Comitê Monetário e Financeiro Internacional (CMFI), órgão de direção do FMI, em nome de 21 países africanos.
Fonte : Vermelho
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Os mestres de um universo cada vez menor

quarta-feira, 11 de junho de 2008
A inflação é maior para os pobres

quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Governo diz que não aceita chantagem para votar CPMF
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
A CRISE "PROFUNDA" DA FORD

. É um crescimento de 8,2% sobre julho.
. No ano, o crescimento das vendas da indústria é de 27%.
. Isso - 27% - é um record.
. Nunca a indústria automobilística vendeu tanto.
. A Ford vendeu 15.900 veículos em agosto.
. Isso é um crescimento de 10,3% sobre julho - a Ford, portanto, cresceu mais do que o conjunto da indústria.
. Neste ano de 2007, as vendas da Ford já cresceram 30%.
. Ou seja, este ano, a Ford vende mais que a indústria.
. A Ford vai muito bem, não é isso?
. Ledo engano, caríssimo leitor.
. A Ford padece de crise profunda, de acordo com seu diretor de assuntos corporativos, Rogelio Goldfarb, que deu, esta tarde, suculenta entrevista à CBN.
. Ele diz que a crise de competitividade e de produtividade da indústria - e da Ford - é grave.
. A queda das exportações é alarmante.
. Não será o dólar, perguntou o entrevistador?
. Não, Golfarb prefere falar em "produtividade".
. Por exemplo, diz o diretor da Ford, a retenção dos créditos de ICMS.
. Caramba, pensei com os meu botões: será que ele vai falar mal do presidente eleito, José Serra, que retém o credito de ICM de São Paulo?
. Não, respondeu rápido Goldfarb – é o Governo Federal...
. Governo Federal?, pensei com os meus botões ainda mais perplexos.
. Goldfarb ressaltou a queda dos juros.
. Sabe-se que os juros reais, este ano, deverão ser os menores em 13 anos.
. Que o Banco Central reduziu a Selic em 0,25%.
(Clique aqui para ler a entrevista com Juan Jensen, da Tendências Consultoria)
. Apesar disso, Goldfarb reclamou: os nossos concorrentes não têm a carga tributária nem os juros que a Ford tem no Brasil.
. Quer dizer, a culpa pela "baixa produtividade" da Ford é do Presidente Lula...
. Goldfarb defendeu também, com entusiasmo, acordos bilaterais de comércio.
. O que é a posição do Governo dos Estados Unidos – país-sede da Ford e, não, do Governo brasileiro.
. Já não é a primeira vez que tenho a oportunidade de testemunhar a crise da indústria automobilística brasileira, na opinião de seus brilhantes executivos, quando entrevistados pela CBN.
. Outro dia - clique aqui - ouvi estarrecido que a Fiat brasileira mergulhou em crise profunda.
. Tanto assim que teve que ampliar a fábrica na Argentina porque, mesmo com três turnos, a planta no Brasil não dá conta da demanda.
. Qual a causa desse sinistro fenômeno?
. As empresas vão muitíssimo bem e dizem que não vão. Por que será isso?
. Vai ver que é ... cuspir no prato que come ...
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Governo não precisa da CPMF
O governo não precisa, para equilibrar as contas públicas, da prorrogação da vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que, pela legislação atual, expira em 31 de dezembro deste ano. Apenas nos primeiros seis meses do ano, a arrecadação de tributos e de outras receitas (inclusive, previdenciárias) cresceu, em termos reais, R$ 26 bilhões, pouco menos do que se recolhe anualmente com a CPMF (R$ 32 bilhões em 2006).
Não há nada que indique que, na segunda metade do ano, a arrecadação vá parar de crescer. O governo chegará tranqüilamente a dezembro com uma receita adicional, no ano, superior ao resultado da CPMF. Levando-se em conta que, nos últimos quatro anos, o Ministério da Fazenda promoveu desonerações tributárias que, no total, somaram renúncia de R$ 30 bilhões, não há mais como justificar a manutenção de um tributo tão perverso para a economia como a CPMF.
Aprovar simplesmente a prorrogação da contribuição é autorizar o governo a continuar aumentando seus gastos. No fundo, é o que tem acontecido. Mais dinheiro no cofre incentiva a criação de mais despesa. Se a receita total cresceu, em termos nominais, 13,15% entre janeiro e junho, a despesa avançou 12,74% no mesmo período, e os dois resultados ficaram bem acima do ritmo de expansão do PIB nominal (9,8%, segundo estimativa da Secretaria do Tesouro Nacional).
No primeiro semestre, os gastos do governo com pessoal aumentaram 12,77% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as despesas com custeio e capital avançaram 12,98%. O aumento da arrecadação está sendo consumido, portanto, pela elevação desses gastos. E o governo ainda foi ao Congresso Nacional para pedir a prorrogação da CPMF por mais quatro anos. Não seria mais lógico cortar gastos e conter sua expansão, livrando a sociedade da cobrança de um tributo anacrônico?
Governos - e este é um mal que não assola apenas a gestão Lula, uma vez que a CPMF foi criada, como imposto, na gestão Itamar Franco (1992-1994) e recriada e prorrogada no governo FHC - adoram tributos como a CPMF. O recolhimento é de baixo custo administrativo para o Fisco. Sua arrecadação cresce ano a ano, de forma ininterrupta - pulou de 0,79% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1997 para 1,38% do PIB em 2006, devendo atingir 1,46% do PIB neste ano, segundo estimativa do economista Amir Khair. Em dez anos de vigência, a contribuição arrancou da sociedade R$ 235,8 bilhões (a preços de 2006).
Quanto maior é o sucesso arrecadador da CPMF, maiores são também as evidências das distorções que ela provoca. Estudo feito pelo economista Pedro H. Albuquerque, citado num trabalho elaborado por Cláudio Adílson, sócio da MCM Consultores Associados, mostra que a contribuição aumenta em cerca de 0,9 ponto percentual a taxa de juros dos títulos públicos, o que, por sua vez, gera despesa adicional com juros, para o Tesouro Nacional, de aproximadamente R$ 9 bilhões.
O tributo também encarece o cheque especial (em 6% ao ano), o hot money (4,7%) e os empréstimos pessoais (3,3%). "Portanto, aumenta a despesa pública, inibe o investimento (maior custo de capital) e desestimula a expansão do crédito (efeitos nocivos sobre a produtividade da economia)", diz Adílson em seu estudo, intitulado "CPMF - O Pior dos Impostos".
Um trabalho de 2004 feito por dois economistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo - Paulo Roberto Arvate e Cláudio de Lucinda - derrubou um dos mitos que cercam a CPMF: o de que o tributo seria um poderoso instrumento de combate à sonegação. A idéia é que, a partir do recolhimento da contribuição, o Fisco tem condições de estimar a renda dos contribuintes e calcular se eles estão honrando adequadamente suas obrigações tributárias. Embora isso seja possível, os números mostram que, na verdade, a criação da CPMF não resultou em maior eficiência no combate à sonegação.
A pesquisa dos dois economistas revela que a chamada Economia Subterrânea (ES) cresceu de forma consistente durante o período em que a CPMF passou a vigorar - pulou de 20% do PIB em 1995/96 para cerca de 39% do PIB em 2002. O aumento da ES gerou perda de receita potencial ("tax-gap", no conceito em inglês) e a CPMF, segundo o estudo, vem aumentando sua participação no "tax-gap" - no início de sua cobrança, respondia por 6,67%, em média, da perda de receita potencial e, em 2002, chegou a 8,74%.
"Há fortes evidências de que a CPMF vem influenciando no crescimento da ES, não o contrário, como se supunha pelos argumentos defendidos por deputados e senadores no momento de sua implementação", concluem os autores do estudo.
A idéia de que a CPMF tributa o setor informal da economia é falsa, na avaliação de Cláudio Adílson. "Ela onera desproporcionalmente o contribuinte honesto, pois, por ser em cascata, incide também sobre os demais impostos. Como os agentes informais não pagam impostos, estes incorrem em um número menor de fatos geradores da CPMF", diz o sócio da MCM. "É mais fácil aos agentes informais evadirem-se do pagamento da CPMF, deixando de utilizar os serviços bancários. Para os formais, a necessidade de utilizar tais serviços é maior", acrescenta o analista, lembrando que é mais fácil para os informais fugir do sistema bancário, portanto, da CPMF, do que de alguns impostos clássicos (IPVA, IPTU etc.).
Cristiano Romero é repórter especial e escreve às quartas-feiras. cristiano.romero@valor.com.br