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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A Desobstrução

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Petrobras vale mais do que Apple e Google, diz pesquisa


Um estudo inédito realizado pela consultoria Economatica diz que a Petrobras foi eleita a 4ª maior empresa das Américas e superou ícones do capitalismo americano como Apple, Johnson & Johnson, Procter & Gamble, IBM, AT&T, General Electric, Google, Texaco e Coca-Cola, entre outras.

A estatal se destacou entre as maiores empresas do mundo ao crescer significativos 81,8% em valor de mercado em meio à crise econômia global. Nos últimos oito meses, a estatal passou de US$ 95,85 bilhões em 31 de dezembro do ano passado para US$ 173,59 bilhões em 4 de agosto agora e se tornou a 4ª maior empresa de capital aberto das Américas, ranking que inclui os Estados Unidos.

A líder do ranking é a Exxon Mobil, com valor de US$ 344,51 bilhões, mas, diferentemente de Petrobras e Vale, em vez de ganhar valor neste ano, ela perdeu mais de 15%. O terceiro colocado, Wal Mart, também recuou, indo para US$ 194,25 bilhões.

A Petrobras é a maior empresa de capital aberto da América Latina em termos de valores, segundo esse ranking. Em segundo lugar, está a Vale. A terceira posição é ocupada pela mexicana América Móvil, do empresário Carlos Slim, dono da Embratel no Brasil. Seu valor de mercado é de US$ 79,6 bilhões.

Com informações do UOL

Redação Adnews

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Volume de cheques devolvidos cresce 15% no primeiro semestre de 2009


“A elevação da inadimplência de cheques também se deve aos ajustes relativos à crise, ao maior endividamento de parte da população e maior utilização do pré-datado, no período mais crítico da crise, no início do ano, por conta do crédito escasso”, destaca a Serasa em nota.

No primeiro semestre de 2009, foram devolvidos por falta de fundos 14,26 milhões de cheques e compensados 618,69 milhões. Em 2008, em igual período, 14,02 milhões de devoluções de cheques e 701,70 milhões de compensações.

Melhora em junho

A Serasa Experian registrou queda de 19,8% no volume de cheques devolvidos, a cada mil compensados, em junho na comparação com maio de 2009. Foram devolvidos, em junho, 2,14 milhões de cheques e compensados 105,96 milhões. Em maio, o levantamento verificou 2,49 milhões de devoluções e 98,74 milhões de compensações de cheques.

Apesar de junho deste ano ter tido um dia útil a mais que o mês anterior, além do Dia dos Namorados e do feriado prolongado de Corpus Christi, o impacto na inadimplência com cheques foi menor que a verificado em maio, destaca a Serasa. De acordo com os analistas, o recuo é “reflexo do início da recuperação econômica”, com a volta do crédito para o consumidor, com prazos mais longos e juros mais baixos”.

Leia mais sobre: cheques devolvidos


fonte:ultimo segundo

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Brasil reforça pedido por mais abertura

Em encontro com Madeleine Albright -representante do presidente eleito dos EUA, Barack Obama, na cúpula do G20- o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, enfatizou a importância atribuída pelo Brasil à multilateralidade no comércio e disse crer que as relações entre os países se aprofundarão.

"Tivemos relações amigáveis com o presidente [George W.] Bush e uma relação muito próxima na OMC [Organização Mundial do Comércio]. Mas há uma questão de afinidade com os democratas, e a tendência é que a relação se desenvolva mais ainda", afirmou Amorim após a reunião, na noite de sábado, em Washington.

O Brasil tinha avaliado que não havia interesse de nenhuma das partes para um encontro, mas os planos mudaram e o ministro adiou sua volta a Brasília para poder se reunir com Albright.

Acordo do G20 esbarra em planos de Obama

Presidente eleito elogia reunião, mas moratória adotada pelos países em relação a medidas protecionistas é vista como limitadora

Compromisso estipulado pelos líderes mundiais deve conflitar com a intenção de Obama de salvar a indústria automobilística nos EUA

Apesar de ter se mantido estrategicamente distante da reunião do G20 no fim de semana em Washington, o presidente eleito Barack Obama ficou satisfeito com as ações indicadas no comunicado final. Um dos itens da carta de intenções dos líderes, porém, foi encarado como potencialmente limitador para seus planos no primeiro ano de governo.

É o item 13 do comunicado, que anuncia moratória de 12 meses em medidas protecionistas pelos países signatários. Se levado ao pé da letra, o compromisso pode inviabilizar o desejo de Obama de salvar a indústria automobilística local com dinheiro do governo, o que ele diz ser uma das prioridades do país.

O presidente eleito reforçou essa opinião ontem.Em entrevista ao programa "60 Minutes" que foi ao ar na noite de ontem na TV dos EUA, ao ser indagado sobre a ajuda a Detroit, Obama disse: "A indústria automobilística ter um colapso seria um desastre neste tipo de ambiente" de crise. "Então, acredito que temos de dar assistência a essa indústria."Os republicanos em geral se opõem à ajuda.

Ontem, o senador Richard Shelby chamou a indústria, que sofre com a queda nas vendas, a falta de crédito no mercado e a concorrência de estrangeiras mais eficientes, de "dinossauro" (leia texto à pág. B5).

No sábado, o presidente George W. Bush havia dito que "um dos perigos durante uma crise dessas é que as pessoas vão começar a implantar políticas protecionistas".

fonte:folha de sao paulo

domingo, 16 de novembro de 2008

O que esperar da reunião do G20?


A reunião dos chefes de estado das 20 maiores economias do mundo, a ser realizada em Washington neste final de semana, tem despertado esperanças de mudanças no quadro econômico global e no desenrolar da crise financeira.

O fato de a iniciativa ter partido do presidente americano, cuja economia, além de epicentro da crise tem um papel central no ordenamento econômico-financeiro internacional, indica sua relevância.

Mas, há possibilidade real de encaminhamento de mudanças capazes de alterar de modo significativo as relações econômicas que caracterizaram a globalização?

De um lado, temos os problemas de curto prazo de como lidar com o aprofundamento imediato da crise e de outro, assuntos de maior profundidade relativos à construção de uma ordem internacional mais estável e harmônica.

Nesses dois planos, cruciais para chegar a um encaminhamento de saídas menos traumáticas e soluções duradouras, os EUA têm demonstrado uma postura distinta dos demais países.

No plano estrutural, o conjunto dos países do G20, – exceto os EUA – tem defendido a necessidade de uma maior regulação do sistema financeiro. Na prática isso significaria ampliar o controle do Estado sobre os preços-chave do sistema capitalista – taxas de juros e de câmbio – e limitar as ações especulativas nos mercados de títulos evitando a formação de bolhas. Para fazer isto não basta regular os sistemas financeiros nacionais. Dada a sua interligação, a ação para ser efetiva necessita alcançar o plano internacional, ou seja, deverá atingir os fluxos de capitais internacionais impedindo a evasão aos controles domésticos.

Até que ponto os EUA estariam dispostos a aceitar uma regulação dos fluxos de capitais internacionais cujo efeito seria restringir a globalização financeira? Isto significaria limitar o poderio do dólar, lastreado na dimensão e diversificação dos seus mercados financeiros garantido em última instancia pelo poder das armas. Prospectivamente, é possível imaginar uma perda de importância relativa da economia e moeda americanas, em razão do desempenho diferenciado das economias.

Mas, seria razoável admitir que os EUA optariam por enfraquecer a sua moeda sacrificando-a ao altar da cooperação internacional? Essa opção não parece ser acreditavel . O mais provável é que a ação proposta pelos EUA escamoteie algumas questões centrais apontando para a ampliação do peso das soluções nacionais ou regionais no desdobramento da crise.

fonte:vermelho

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Governo de São Paulo abrirá site gratuito de empregos

Na próxima quarta-feira (12), o governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (SERT), estréia o site Emprega São Paulo. Trata-se de uma página virtual gratuita que tem por objetivo colocar os cidadãos desempregados em contato com empregadores.

Segundo a Abril.com, o registro é gratuito tanto para empregadores quanto para os interessados nas vagas disponíveis, que até agora somam 209 mil, oferecidas por 14,8 mil empregadores cadastrados. Já o número de candidatos registrados é de 303 mil.

Qualquer interessado pode se registrar pelo site, preencher o cadastro e pesquisar as oportunidades de emprego disponíveis. Os empregadores também podem se cadastrar gratuitamente pelo site para oferecer vagas.


fonte:portal imprensa

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Juros: EUA cortam de 1,5% para 1%; Copom mantém 13,75%

As críticas contra o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central , do Banco Central), por ter mantido nesta quarta-feira (29) a taxa Selic de juros básicos em 13,75% ao ano, foram ainda mais contundentes por se contraporem ao corte decidido no mesmo dia pelo Federal Reserve (ou Fed, o banco central dos Estados Unidos), de 1,5% para 1,0% anuais.

Lula faz ironia com Copom e Alencar
O prefeito de Belo Horizonte (MG), Fernando Pimentel (PT), que teve nesta quarta-feira uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse à imprensa que o próprio Lula defendeu a redução dos juros.

Em um momento da reunião de Lula com o oprefeito em fim de mandato e o eleito para sucedê-lo, Márcio Lacerda (PSB), passou pela sala o vice-presidente, José Alencar, mineiro e uma das vozes mais críticas à ortodoxia do Banco Central. "Vamos ver se o Copom vai agir hoje como o Alencar quer", disse o presidente, conforme o relato de Pimentel.

Lula, no entanto, mantém uma política de "autonomia de fato" em relação ao Banco Central. Embora tenha manifestado contrariedade já em outras ocasiões, não ousa enquadrar ou substituir o presidente do BC, Henrique Meirelles, que comanda um bunker ultra-ortodoxo no interior da equipe econômica do governo.

Cortes dos juros se espraiam face à crise
O primeiro corte de juros de outubro nos EUA, no início do mês, foi uma decisão coordenada entre vários países, numa tentativa de resposta conjunta à crise. O desta quarta-feira não, mas coincidiu com decisões semelhantes de outros países.

A China decidiu reduzir em 0,27 ponto a sua taxa de juros básica, de 3,87% ao ano para 3,60%. Esta foi a terceira redução da taxa de juros chinesa em seis semanas.
O banco central da Noruega decidiu no mesmo sentido nesta quarta. Nesta sexta-feira (31) será a vez do Japão examinar um corte nos juros. Esta tem sido a tendência geral dos bancos centrais do mundo, que deixaram de priorizar a rigidez antiinflacionária diante da ameaça maior de uma recessão econômica, muitos deles praticando inclusive taxas de juros negativas.

fonte:Vermelho

O capitalismo vai acabar um dia?

Pergunta Sem Resposta

“Existe vida após o capitalismo. Nós podemos criar culturas e instituições justas, sustentáveis e um mundo de compaixão com que sonhamos. E é nosso dever fazer isso.”
David C. Korten, autor de Life After Capitalism (“Vida Depois do Capitalismo”), em que defende o fim das corporações, para uma economia solidária.

“O capitalismo global não tem rivais sérios. Mas ele poderá destruir a si mesmo.”
Timoth Garton Ash, jornalista britânico, autor de Nós, o Povo, em artigo sobre a falta de sustentabilidade do atual modelo de capitalismo.

“O fim do capitalismo está definido pela chamada 3ª Revolução Industrial – a revolução tecnológica, eletrônica. Uma grande quantidade de força de trabalho é expulsa da produção industrial e não consegue ser reabsorvida. Não há um processo de compensação, mas um processo de expulsão contínua.”

Robert Kurz, sociólogo alemão marxista, autor de O Colapso da Modernização, para quem o capitalismo está numa crise sem precedentes desde 2001.
“Apesar de tudo, (o capitalismo) é o sistema que até hoje melhor conseguiu atender ao tríplice objetivo da liberdade política, eficiência econômica e progresso social.”Roberto Campos, economista brasileiro morto em 2001, em artigo publicado em 1995 no jornal O Estado de S. Paulo.
fonte:revista super interessante

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

MP 443 serve para aumentar a liquidez do mercado, diz Mantega

Brasília - A Medida Provisória 443, editada ontem (21) pelo governo e publicada hoje no Diário Oficial da União, serve para aumentar a liquidez do mercado, segundo informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Ele lembrou que com a MP os bancos públicos passam a ter as mesmas prerrogativas das instituições privadas.

"Estamos dando um passo a mais nessa direção, pois além de possibilitar a compra de carteiras os bancos públicos que já estão envolvidos nessas atividades também poderão comprar instituições financeiras.

Segundo Mantega, a medida aumenta a concorrência, pois os bancos que estão com problemas eventuais poderão oferecer seus ativos a mais instituições, a melhores preços, já que haverá maior concorrência.

“Hoje você já tem as instituições privadas com a possibilidade de comprar outros bancos. Porque estamos ampliando esta possibilidade, porque os bancos públicos não poderiam fazer isso”.

Fonte:
Agencia Brasil

Bush convida Lula para reunião ampliada do G-8 em novembro

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, telefonou nesta terça-feira (21) para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o convidou a participar de um reunião ampliada do G-8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Canadá e Rússia) no mês que vem, em local e data a serem definidos. Lula aceitou o convite. O telefonema ocorreu por volta de 17h e durou cerca de 15 minutos.

Bush disse a Lula que está interessado em discutir com líderes das maiores economias do mundo formas de evitar novas crises financeiras no futuro. O presidente americano não revelou quantos países serão convidados para o encontro. Também nesta terça-feira, Lula convocou uma reunião de emergência do Mercosul para discutir os efeitos da crise nos países do bloco. O encontro será na próxima segunda-feira, em Brasília.


Bush também quis informações a respeito da visita que Lula fez a Índia na semana passada. Ele estava interessado em saber se o mandatário brasileiro sentiu que havia um clima favorável, por parte da Índia, da retomada das discussões da Rodada de Doha. Em agosto, um impasse entre a Índia e os Estados Unidos enterrou a discussão sobre a flexibilização internacional do comércio.


Lula fez um relato otimista a Bush e lhe disse que sentiu um clima favorável por parte da Índia.

O presidente brasileiro é um dos maiores defensores para a conclusão da Rodada de Doha. O Brasil tem interesse que países europeus e os estados unidos eliminem ou reduzam os subsídios para os produtos agrícolas.


Mais cedo, o presidente Sarkozy disse que a reunião de cúpula deverá incluir o grupo dos oito países mais industrializados, formado por Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Canadá e Rússia, junto com a China, India, Brasil, África do Sul e México.


Fonte: O Globo

sábado, 18 de outubro de 2008

Brasileiro vende 'maior coleção de uísque do mundo'

O principal colecionador de uísque escocês do mundo, o brasileiro Claive Vidiz, vendeu sua coleção para o braço escocês da Diageo, líder mundial no setor de bebidas.

A coleção, de 3.384 garrafas, foi formada pelo brasileiro ao longo de 35 anos. Vidiz viajou o mundo em busca das bebidas para criar sua coleção, considerada a maior do mundo

Os detalhes da venda, inclusive o preço pago pela rara coleção, não foram divulgados. No entanto, especialistas na bebida afirmam que a compilação é "inestimável" e conta com os uísques mais populares até os mais raros.

A coleção será emprestada pela Diageo a uma empresa escocesa de turismo Scotch Whisky Experience, uma atração turística que faz programas especiais sobre a tradição do uísque escocês.

A empresa, que faz parte da tradicional Royal Mile – percurso de uma milha que reúne as principais atrações de Edinburgo -, está construindo uma adega especial para abrigar a coleção.

Fonte:
BBCBrasil.com

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Petrobras tem 2a melhor recuperação entre empresas das Américas

RIO (Reuters) - O pequeno alívio sentido pelas bolsas de valores mundiais entre a sexta-feira da semana passada até terça-feira, interrompida nesta quarta por fortes quedas, mostrou que a Petrobras é a empresa brasileira com maior poder de recuperação de valor de mercado nas Américas, superada apenas pela norte-americana Exxon Mobil.

Segundo cálculo da Economática, o valor de mercado da estatal que descobriu reservas gigantes no pré-sal da costa brasileira no ano passado subiu 26 bilhões de dólares de 10 a 14 de outubro, contra crescimento de 52,5 bilhões de dólares da Exxon Mobil.

Segundo a Economática, a Petrobras atualmente é a empresa com maior valor de mercado da América Latina. Na terça-feira, o valor da empresa era de 131,6 bilhões de dólares. Nesta quarta-feira, os papéis da companhia acompanham o pessimismo do mercado com a economia e caía 6,04 por cento, por volta das 10h45, enquanto o Ibovespa cedia 5,25 por cento.

A Economática observou ainda que além da Petrobras, Vale e Bradesco se destacaram na recuperação de valor de mercado no período (10 a 14 de outubro), com Vale obtendo a 10a colocação e o Bradesco, a 17a.

"A Vale do Rio Doce é a décima empresa com a maior recuperação de valor de mercado e teve crescimento de 14,4 bilhões (de dólares)...o Bradesco, maior banco por valor de mercado da América Latina, tem a 17a maior recuperação de valor de mercado, com 10,9 bilhões de dólares", informou a Economática.

Nesta quarta-feira, a Vale despencava 7,62 por cento e o Bradesco caía 4,23 por cento.
Fonte: Acorda Brasil

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Brasil entra em lista de países com maior avanço no combate à fome

O Brasil foi um dos dez países no mundo que viram mais progressos em um indicador que mede o desempenho no combate à fome, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira por organizações não-governamentais. Entre 1990 e 2008, o chamado Índice Global da Fome (ou GHI, na sigla em inglês) brasileiro se reduziu quase à metade - 45,6% exatamente -, fazendo o país deixar o grupo de nações com problemas alimentares "graves" para figurar entre aquelas onde esse problema é considerado "baixo".

Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) em parceria com as organizações German Agro-Action e Concern Worldwide.

O GHI de 2008, calculado para mais de 120 países (não para os industrializados), levou em consideração o número de pessoas com deficiência alimentar entre 2002 e 2004, a taxa de mortalidade infantil de 2006 e a desnutrição infantil para o ano mais recente entre 2001 e 2006.

No mundo, sem contar as imensas diferenças regionais, o índice da fome caiu a uma proporção de 20% entre 1998 e 2008.


Fonte :
Ultimo Segundo BBC

domingo, 12 de outubro de 2008

Crise pode levar milhões à pobreza

A desaceleração da economia vinculada à crise financeira poderia consumir na pobreza dezenas de milhões de africanos, disse neste sábado em Washington o titular do Banco Central da África do Sul, Tito Mboweni.

"A economia global foi debilitada significativamente pela crise financeira derivada da escassa regulação das instituições financeiras dos países desenvolvidos", disse Mboweni na reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Esta desaceleração e outros fatores, como os altos preços das matérias-primas e a crise do crédito, "ameaçam sufocar nossas conquistas na última década, com o risco de deixar dezenas de milhões de pessoas abaixo do umbral da pobreza".

Mboweni falou ante o Comitê Monetário e Financeiro Internacional (CMFI), órgão de direção do FMI, em nome de 21 países africanos.

Fonte :
Vermelho

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Os mestres de um universo cada vez menor

Cada crise econômica tem o Sherman McCoy que merece.

O fictício corretor de ações de Wall Street, criação inesquecível de Tom Wolfe no romance "A Fogueira das Vaidades", de 1987, foi o primeiro "mestre do universo", como o autor se refere à elite financeira e econômica mundial. Como ele, há todo um time de "mestres do universo" de que o público só toma conhecimento nas crises. São os figurões que enchem os bolsos enquanto suas empresas fazem água.

A crise da "contabilidade criativa" da virada do milênio, por exemplo, que eu vivi in loco em Nova York, trouxe à luz nomes como o de Kenneth Lay, o "Kenny Boy", como o chamava o amigo George W. Bush, que um dia foi considerado para o cargo de secretário do Tesouro, Jeffrey Skilling, com seu sobrenome em gerúndio com o verbo "skill", habilidade, destreza, e Andrew Fastow, o quase-Fausto.

Eram todos os mandantes da Enron, a gigante de energia que faliu e deixou milhares na miséria. Kenny Boy saiu com um pacote de US$ 42,4 milhões. Era o Sherman McCoy da vez.
Menos de dez anos depois, a quebradeira dos bancos e instituições que já custou 10% do PIB aos cofres norte-americanos começa a elencar seus Shermans. O meu preferido, por enquanto, é o CEO do Lehman Brothers. Funcionário desde 1969 do que era o quarto maior banco de investimentos dos EUA, o agressivo e calvo Richard Fuld era conhecido por seus subordinados como "The Gorilla".

Quando a fragilidade de sua instituição veio a público, Fuld, de 62 anos, disse que "quebraria as pernas" do executivo que ele flagrasse jogando com as ações do banco na Bolsa. Não falou que antes disso tinha comprado uma ilha no exclusivo litoral de Palm Beach, reduto dos endinheirados norte-americanos na Flórida. Chama-se Jupiter Island e custou US$ 14 milhões. Nos 14 anos em que ocupou a posição principal da instituição, embolsou US$ 500 milhões, segundo a "Forbes". Mora na luxuosa Greenwich, em Connecticut, Estado vizinho de NovaYork, e tem um apartamento funcional na Park Avenue de Manhattan, coisa de quatro quartos, quatro banheiros e US$ 21 milhões. Mesmo com a concordata de seu banco, deve sair com US$ 65 milhões.

Quem mais?

Stan O'Neal, do Merrill Lynch, levou US$ 160 milhões -o banco de investimentos, o terceiro maior dos EUA, foi vendido antes que quebrasse. Jimmy Cayne, que comandou o Bear Stearns por 15 anos, levou US$ 61,3 milhões em venda de ações.

Quando o Fed americano começava a coordenar a operação de compra de seu banco pelo JP Morgan por US$ 30 billhões, em março, Cayne jogava golfe em Detroit.

Além do pacote, ganhou um "plano-aposentadoria" de US$ 30 milhões. Ele e sua mulher compraram dois apartamentos grudados no Plaza, o luxuoso hotel de Nova York que transformou parte de seu prédio em condomínio de ricaços. Os imóveis valem US$ 28,2 milhões. Cayne tem ainda um palacete na mesma Greenwich de Richard "The Gorilla" Fuld.

Depois de darem seus testemunhos ao Congresso, o que deve acontecer nos próximos dias e como fizeram antes deles Kenny Boy, Fastow e Skilling, imagino os dois sentados lado a lado em uma de suas casas, observando crescer o gramado impecavelmente verde e impecavelmente aparado, um dizendo para o outro: "Vida dura essa nossa..."


quarta-feira, 11 de junho de 2008

A inflação é maior para os pobres








O pobre sempre se lascando !!


O pior é que a inflação atual, impulsionada pelos preços dos alimentos, é significativamente maior para os pobres e mantém uma proporção inversa à renda, ou seja, quanto mais pobre o cidadão maior o estrago provocado pela inflação.


Conforme argumentam os técnicos do Dieese, "o aumento da inflação se deve basicamente aos alimentos", concentrando-se "em apenas seis itens básicos da alimentação: arroz, feijão, carne, óleo e derivados do trigo e leite".


O pobre ganha pouco e gasta uma proporção maior de sua renda com alimentação. Por esta razão, a inflação atual é bem maior para os pobres do que para os ricos.


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Governo diz que não aceita chantagem para votar CPMF

Os líderes governistas na Câmara decidiram endurecer o discurso junto aos aliados que buscam cargos no Executivo e a liberação imediata de emendas para aprovar a prorrogação da CPMF (imposto do cheque) até 2011. A estratégia foi acertada em reunião que terminou às 3h da madrugada desta quarta-feira (19), com a presença do líder do governo, deputado José Múcio (PTB-PE). “Nós estamos lembrando aos aliados que ainda tem 39 meses de governo. Se quiser votar contra, não tem problema”, desafiou o vice-líder do governo, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A CRISE "PROFUNDA" DA FORD


As vendas da indústria automobilística em agosto foram de 235 mil carros.

. É um crescimento de 8,2% sobre julho.

. No ano, o crescimento das vendas da indústria é de 27%.

. Isso - 27% - é um record.

. Nunca a indústria automobilística vendeu tanto.

. A Ford vendeu 15.900 veículos em agosto.

. Isso é um crescimento de 10,3% sobre julho - a Ford, portanto, cresceu mais do que o conjunto da indústria.

. Neste ano de 2007, as vendas da Ford já cresceram 30%.

. Ou seja, este ano, a Ford vende mais que a indústria.

. A Ford vai muito bem, não é isso?

. Ledo engano, caríssimo leitor.

. A Ford padece de crise profunda, de acordo com seu diretor de assuntos corporativos, Rogelio Goldfarb, que deu, esta tarde, suculenta entrevista à CBN.

. Ele diz que a crise de competitividade e de produtividade da indústria - e da Ford - é grave.

. A queda das exportações é alarmante.

. Não será o dólar, perguntou o entrevistador?

. Não, Golfarb prefere falar em "produtividade".

. Por exemplo, diz o diretor da Ford, a retenção dos créditos de ICMS.

. Caramba, pensei com os meu botões: será que ele vai falar mal do presidente eleito, José Serra, que retém o credito de ICM de São Paulo?

. Não, respondeu rápido Goldfarb – é o Governo Federal...

. Governo Federal?, pensei com os meus botões ainda mais perplexos.

. Goldfarb ressaltou a queda dos juros.

. Sabe-se que os juros reais, este ano, deverão ser os menores em 13 anos.

. Que o Banco Central reduziu a Selic em 0,25%.

(
Clique aqui para ler a entrevista com Juan Jensen, da Tendências Consultoria)

. Apesar disso, Goldfarb reclamou: os nossos concorrentes não têm a carga tributária nem os juros que a Ford tem no Brasil.

. Quer dizer, a culpa pela "baixa produtividade" da Ford é do Presidente Lula...

. Goldfarb defendeu também, com entusiasmo, acordos bilaterais de comércio.

. O que é a posição do Governo dos Estados Unidos – país-sede da Ford e, não, do Governo brasileiro.

. Já não é a primeira vez que tenho a oportunidade de testemunhar a crise da indústria automobilística brasileira, na opinião de seus brilhantes executivos, quando entrevistados pela CBN.

. Outro dia -
clique aqui - ouvi estarrecido que a Fiat brasileira mergulhou em crise profunda.

. Tanto assim que teve que ampliar a fábrica na Argentina porque, mesmo com três turnos, a planta no Brasil não dá conta da demanda.

. Qual a causa desse sinistro fenômeno?

. As empresas vão muitíssimo bem e dizem que não vão. Por que será isso?

. Vai ver que é ... cuspir no prato que come ...

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Governo não precisa da CPMF

Economia Subterrânea cresceu com o tributo
O governo não precisa, para equilibrar as contas públicas, da prorrogação da vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que, pela legislação atual, expira em 31 de dezembro deste ano. Apenas nos primeiros seis meses do ano, a arrecadação de tributos e de outras receitas (inclusive, previdenciárias) cresceu, em termos reais, R$ 26 bilhões, pouco menos do que se recolhe anualmente com a CPMF (R$ 32 bilhões em 2006).
Não há nada que indique que, na segunda metade do ano, a arrecadação vá parar de crescer. O governo chegará tranqüilamente a dezembro com uma receita adicional, no ano, superior ao resultado da CPMF. Levando-se em conta que, nos últimos quatro anos, o Ministério da Fazenda promoveu desonerações tributárias que, no total, somaram renúncia de R$ 30 bilhões, não há mais como justificar a manutenção de um tributo tão perverso para a economia como a CPMF.
Aprovar simplesmente a prorrogação da contribuição é autorizar o governo a continuar aumentando seus gastos. No fundo, é o que tem acontecido. Mais dinheiro no cofre incentiva a criação de mais despesa. Se a receita total cresceu, em termos nominais, 13,15% entre janeiro e junho, a despesa avançou 12,74% no mesmo período, e os dois resultados ficaram bem acima do ritmo de expansão do PIB nominal (9,8%, segundo estimativa da Secretaria do Tesouro Nacional).
No primeiro semestre, os gastos do governo com pessoal aumentaram 12,77% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as despesas com custeio e capital avançaram 12,98%. O aumento da arrecadação está sendo consumido, portanto, pela elevação desses gastos. E o governo ainda foi ao Congresso Nacional para pedir a prorrogação da CPMF por mais quatro anos. Não seria mais lógico cortar gastos e conter sua expansão, livrando a sociedade da cobrança de um tributo anacrônico?
Governos - e este é um mal que não assola apenas a gestão Lula, uma vez que a CPMF foi criada, como imposto, na gestão Itamar Franco (1992-1994) e recriada e prorrogada no governo FHC - adoram tributos como a CPMF. O recolhimento é de baixo custo administrativo para o Fisco. Sua arrecadação cresce ano a ano, de forma ininterrupta - pulou de 0,79% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1997 para 1,38% do PIB em 2006, devendo atingir 1,46% do PIB neste ano, segundo estimativa do economista Amir Khair. Em dez anos de vigência, a contribuição arrancou da sociedade R$ 235,8 bilhões (a preços de 2006).
Quanto maior é o sucesso arrecadador da CPMF, maiores são também as evidências das distorções que ela provoca. Estudo feito pelo economista Pedro H. Albuquerque, citado num trabalho elaborado por Cláudio Adílson, sócio da MCM Consultores Associados, mostra que a contribuição aumenta em cerca de 0,9 ponto percentual a taxa de juros dos títulos públicos, o que, por sua vez, gera despesa adicional com juros, para o Tesouro Nacional, de aproximadamente R$ 9 bilhões.
O tributo também encarece o cheque especial (em 6% ao ano), o hot money (4,7%) e os empréstimos pessoais (3,3%). "Portanto, aumenta a despesa pública, inibe o investimento (maior custo de capital) e desestimula a expansão do crédito (efeitos nocivos sobre a produtividade da economia)", diz Adílson em seu estudo, intitulado "CPMF - O Pior dos Impostos".
Um trabalho de 2004 feito por dois economistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo - Paulo Roberto Arvate e Cláudio de Lucinda - derrubou um dos mitos que cercam a CPMF: o de que o tributo seria um poderoso instrumento de combate à sonegação. A idéia é que, a partir do recolhimento da contribuição, o Fisco tem condições de estimar a renda dos contribuintes e calcular se eles estão honrando adequadamente suas obrigações tributárias. Embora isso seja possível, os números mostram que, na verdade, a criação da CPMF não resultou em maior eficiência no combate à sonegação.
A pesquisa dos dois economistas revela que a chamada Economia Subterrânea (ES) cresceu de forma consistente durante o período em que a CPMF passou a vigorar - pulou de 20% do PIB em 1995/96 para cerca de 39% do PIB em 2002. O aumento da ES gerou perda de receita potencial ("tax-gap", no conceito em inglês) e a CPMF, segundo o estudo, vem aumentando sua participação no "tax-gap" - no início de sua cobrança, respondia por 6,67%, em média, da perda de receita potencial e, em 2002, chegou a 8,74%.
"Há fortes evidências de que a CPMF vem influenciando no crescimento da ES, não o contrário, como se supunha pelos argumentos defendidos por deputados e senadores no momento de sua implementação", concluem os autores do estudo.
A idéia de que a CPMF tributa o setor informal da economia é falsa, na avaliação de Cláudio Adílson. "Ela onera desproporcionalmente o contribuinte honesto, pois, por ser em cascata, incide também sobre os demais impostos. Como os agentes informais não pagam impostos, estes incorrem em um número menor de fatos geradores da CPMF", diz o sócio da MCM. "É mais fácil aos agentes informais evadirem-se do pagamento da CPMF, deixando de utilizar os serviços bancários. Para os formais, a necessidade de utilizar tais serviços é maior", acrescenta o analista, lembrando que é mais fácil para os informais fugir do sistema bancário, portanto, da CPMF, do que de alguns impostos clássicos (IPVA, IPTU etc.).
Cristiano Romero é repórter especial e escreve às quartas-feiras.
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