terça-feira, 21 de outubro de 2008

A internet vai acabar com os jornais?


O editor de um dos jornais mais importantes dos EUA, Arthur Sulzberger do The New York Times, declarou em entrevista ao jornal israelense Haaretz que não tem certeza se a edição diária do seu jornal continuará sendo impressa daqui a cinco anos. Acrescentou, em seguida, que não estava preocupado com o fato. “O fundamental”, segundo ele, “é se concentrar no melhor modo de operar a transição da folha impressa à Internet”. Este debate já está na pauta da mídia mundial há algum tempo.


Sulzberger, constata que “a Internet é um lugar maravilhoso e nesse terreno estamos à frente de todos”, contente com o aumento de leitores da edição online do New York Times que passou a registrar 1,5 milhão de acessos por dia, enquanto o número de assinantes da edição impressa é atualmente de 1,1 milhão. A empresa deverá decidir se deve ou não manter sua edição impressa nos próximos anos. Estes dados e esta perspectiva deram força à reportagem de capa publicada pela revista semanal inglesa The Economist em setembro de 2006, com a manchete “Quem matou o jornal diário?”, onde procura teorizar sobre o futuro dos jornais impressos


De todas as “antigas” mídias, os jornais são os que têm mais a perder em relação à Internet. O levantamento feito pela revista inglesa constata que a circulação dos jornais têm caído por décadas na América do Norte, englobando os EUA e o Canadá, na Europa Ocidental, na América Latina, na Austrália e na Nova Zelândia (estão fora desta pesquisa grandes mercados consumidores de jornais, como a China, o Japão, a Índia entre outros). Jovens britânicos, entre 15 e 24 anos, afirmam que após o início do uso da Internet, dedicam 30% a menos de tempo lendo jornais impressos. Nos últimos anos a Internet tem acelerado este declínio. Os anunciantes seguem a mesma tendência dos leitores, pois a Internet tem condições de “provar” aos anunciantes de forma cabal que seus leitores estão efetivamente lendo os anúncios publicados na Web pelo registro de acessos.


Fonte: Revista The Economist

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