segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pecados santos ( Sexo na igreja)

Por que a instituição que mais prega a castidade e a retidão moral é palco de tantos escândalos sexuais? A porta dos fundos da Igreja está aberta. É hora de entrar

Idade: 7, 8, 9, 10.
Sexo: masculino.
Condição social: pobre.
Condições familiares: de preferência, um filho sem pai, sozinho – ou com uma irmã.
Onde procurar: nas ruas, escolas, famílias.
Como fisgar: aulas de violão, coral, coroinha.
Importantíssimo: prender a família do garoto.
Possibilidades: garoto carinhoso, carente de pai.
Sem moralismo.
Atitudes minhas: ver do que o garoto gosta e atendê-lo em cobrança à sua entrega a mim.
Como me apresentar: sempre seguro, sério, dominador, pai.

Você acaba de ler o diário de um padre condenado a 15 anos de prisão por abusos sexuais: Tarcísio Tadeu Sprícigo. Em 2000, na cidadezinha de Agudos, São Paulo, ele ensinava música para um garoto de 9 anos. Essa era a fisgada. O pagamento? Favores sexuais, prestados durante um ano. Feitas as primeiras denúncias, em 2001, a Igreja o transferiu para Anápolis, Goiânia. Lá, a história se repetiria com mais duas crianças – uma de 13 anos,outra de 5.

Bizarro. Mas nada incomum. Escândalos assim têm acontecido nos últimos anos, no mundo todo. Só nos EUA, único lugar com estatísticas concretas sobre padres que cometeram abusos sexuais, 4 392 sacerdotes católicos foram denunciados por esse tipo de crime entre 1950 e 2002. Isso dá 4% do total de pessoas que exerceram o sacerdócio no país nesse período. Um número alto, ainda mais tendo-se em mente que menos de 1% da população pode ser classificada como pedófila.

Os casos com crianças são os mais visíveis entre os que envolvem a sexualidade dos padres. Mas não faltam exemplos em outras searas. Há estimativas, veja só, de que metade dos sacerdotes brasileiros tenham amantes. Boa parte deles, homens. E denúncias de que o Vaticano abriga uma grande comunidade gay, com chefões da Igreja fazendo sexo sadomasoquista. Também existem milhares de sacerdotes que largam a batina a cada ano para casar e ter filhos. E os que matam os filhos para não ter de largar a batina.


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5 comentários:

Erich Pontoldio disse...

Eu não duvido não ...é da natureza do homem a procriação.
Para que casos assim não ocorram deveriam retirar a testosterona do corpo dos padres.
Agora, como é que um sujeito que estuda anos teologia pode praticar atos assim com crianças? Os padres não deveriam ser os primeiros a mostrar o caminho para o mundo bem melhor?

Unknown disse...

Não entendo essa proibição ao casamento imposta pela igreja católica. Não aceito a desculpa de que é preciso dedicação aos fiéis, etc... E os médicos, não casam?

Agora se essa falta de sexo faz com que o indivíduo se torne um pedófilo já não sei. Não tenho conhecimentos para afirmar isso.

Beijo! Ótima semana pra ti, Sandra! ;-)

Claudio P. Vieira disse...

Para mim, a Igreja Católica é uma das entidades mais retrógradas e dispensaveis do mundo!
Sou filho de espiritas que fizeram questão de que eu fosse educado em escola católica, porque o ensino era de boa qualidade.
Além do ensino que assim meus pais me proporcionaram, teve uma outra coisa importantíssima, a profunda rejeição que tenho a todas (eu disse TODAS) as religiões.
Principalmente àquelas que denomino de "pecado e sofrimento"... Isto é: você tem sifu aqui na terra pra pagar seus pecados (inclusive aquele dito "original"... que despautério) e ter direito a um lugarzinho no céu...
Quer saber? Eu to fora dessa FARSA!!!

Margareth Bravo disse...

O mais trágico disso tudo é que o abuso envolve a figura do Poder Divino, ou seja, o que vai na cabeça da criança uma vez que está num ambiente religioso que prega o bem e a bondade? É a destruição da fé em todos os sentidos, como as crianças abusadas sexualmente, poderão confiar em alguém ou em algo um dia na vida? Quanto ao voto de castidade, é mera política e hipocrisia. E a pedofilia está em toda parte, com voto de castidade ou não.
Um abraço amiga

The Best disse...

Nuitas vezes me perguntei sobre esse disturbio dos sacerdotes católicos, que na maioria são gays ou pedófilos, e só encontrei uma resposta plausível, suficente para me convencer ao que levava a isso.

Os seminaristas ficam 4 anos confinados em escolas onde só tem contatos com homens, sem ter nenhuma relação sexual, proibidos de pensar em uma mulher e normalmente perdendo a sua adolescencia (a maioria deles ingressa aos 16 anos). A possibilidade deles por contato com um outro jovem inclinado ao homosexualimo transformar sua vida é gigantesco e a perda de sua adolecencia pode leva-lo ao pedofilismo.

Os seminaristas deveriam ter um tipo de ensino diferenciado do que era feito no inicio dos tempos e já deveriam ter revisto o celibato.