domingo, 12 de outubro de 2008

Por que o filme de Oliver Stone sobre Bush causa polêmica

Uma biografia para o cinema do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, rendeu ao aclamado diretor americano Oliver Stone críticas contrastantes na sua primeira exibição no país, na terça-feira. O filme, chamado W., narra a trajetória do presidente desde os seus tempos na Universidade de Yale — com referências ao alcoolismo do jovem Bush — até a sua chegada à Casa Branca.

Em várias resenhas, o ator Josh Brolin — que encarnou o presidente no filme — recebeu entusiasmados elogios. "O ator oferece mais do que uma razoável semelhança física (com Bush) e uma interpretação que convence, impetuosa e determinada", disse o crítico Todd McCarthy, da revista Variety.

A revista diz que o filme é "incomum e inevitavelmente interessante" e oferece "uma interpretação clara e plausível do atual estado psicológico do presidente". E Mike Goodridge, da revista Screen International, foi além, dizendo que Brolin é candidato a prêmios de melhor ator pela interpretação do presidente.

"Totalmente imerso no papel, o ator vai além da imitação — ele dá uma complexidade humana ao presidente", afirmou Goodridge. O crítico diz que o presidente é representado no filme como "tão carismático quanto é estúpido, tão idealista quanto perigosamente inocente".

Veto

W. já havia causado polêmica em outra seara. O filme não vai abrir o Festival de Roma simplesmente porque o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não gostou da idéia. Por outro lado, o filme Il sangue dei vinti, do italiano Michele Soavi, baseado num livro de Giampaolo Pansa que fala nos "crimes perpetrados pelos partisans (espécie de resistência italiana) depois do fascismo, será um dos "eventos especiais" do Festival.

"Estávamos negociando com o Festival de Roma quando os organizadores comentaram que Berlusconi era um grande defensor de Bush e não iria gostar que o filme abrisse o festival", afirmou na época uma fonte da agência DDA, promotora do filme, ao diário La Repubblica.

O longa de Stone foi várias vezes anunciado pela imprensa italiana como o filme de abertura do Festival de Cinema de Roma, que acontece entre 22 e 31 de outubro. Mas, perante a recusa, a promotora ofereceu a projeção do filme ao Festival de Londres, onde estreou no dia 23 de setembro.

Fonte:
Vermelho

1 comentários:

joao Assis disse...

Na minha opinião,ele é tão idealista quanto perigosamente inocente.