segunda-feira, 27 de julho de 2009

Brasil transmite cinema em alta definição

O Brasil será pioneiro na transmissão intercontinental de cinema em super alta definição. Coordenada por professores e pesquisadores da Universidade Presbiteriana Mackenzie, a transmissão do primeiro longa-metragem digital finalizado com tamanha qualidade de imagem, por redes de fotônica (fibra ótica), será realizada no dia 30 de julho, durante a 10a edição do File – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, que será realizada entre os dias 28 de julho e 30 de agosto, no Centro Cultural Fiesp Ruth Cardoso.

Com resolução de 4K (o equivalente a cerca de 8 milhões de pixels), o dobro de um filme digital convencional, o longa-metragem “Enquanto a Noite não Chega”, dirigido por Beto Souza e Renato Falcão, será projetado no Brasil e transmitido em tempo real, sem nenhuma perda na qualidade da imagem, para as Universidades da Califórnia, nos Estado Unidos, e de Keio, no Japão. “É a primeira transmissão deste porte já realizada no mundo”, afirma a professora Jane de Almeida, coordenadora dos cursos de mestrado e doutorado em Educação, Arte e História da Cultura do Mackenzie, que pesquisam novas linguagens e estéticas a partir de meios de comunicação inovadores, entre eles o “cinema do futuro”.

Jane lidera os esforços brasileiros para que esta façanha tecnológica se concretize, ao lado de pesquisadores dos cursos de mestrado e doutorado em Engenharia Elétrica do Mackenzie, “área à qual pertence um dos laboratórios de fotônica mais avançados do Pais”, diz o professor Eunézio de Souza (Thoroh), coordenador do Laboratório de Fotônica do Mackenzie, que coordena a parte física da rede KyaTera para conexão a um complexo emaranhado de redes de fibras óticas interligadas ao redor do mundo.

Participam ainda do Projeto pesquisadores da USP, Unicamp, RNP e ANSP, distribuídos em diversas áreas de atuação. Para a professora Jane, essa experiência é mais uma mostra de que vivemos um momento especial. “Este tipo de experimento agrega um maquinário que abre a perspectiva de reproduzir e transmitir imagens jamais vistas, de lugares e objetos longínquos, uma vez que esta definição se abre para escalas cada vez mais potentes de visualizações”, explica.

“A primeira viagem do homem à lua faz quarenta anos, e um aspecto especial observado por Dave Scott, o sétimo homem a pisar na lua, foi a de que, dentre todos os escritores de ficção científica, nenhum ousou sonhar que o mundo estaria vendo a chegada do homem à lua pela televisão”.

fonte:ad news

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