sexta-feira, 27 de julho de 2007

Orlando: Não é o Pan que vai reduzir "desigualdade histórica"

O ministro do Esporte, Orlando Silva, que está no Rio de Janeiro para acompanhar os Jogos Pan-Americanos, afirmou que o legado social do Pan não pode ser analisado especificamente pelo olhar da redução da pobreza. Segundo ele, não há contradição entre os valores investidos para a realização dos jogos e a desigualdade social no país. Os investimentos públicos federais para os Jogos Pan-Americanos de 2007 já somam quase R$ 2 bilhões, de acordo com dados preliminares. Só em instalações esportivas e acomodações foram aplicados cerca de R$ 700 milhões. O ministro participou nesta quinta-feira (26) de entrevista coletiva às emissoras de rádio parceiras da Radiobrás que editam o programa "Bom Dia Ministro".

“Não dá pra imaginar que o recurso do Pan é que vai reduzir a pobreza no Brasil”, argumentou. “Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. A desigualdade social é histórica, que tem sido objeto de políticas públicas, como programas de transferência de renda colaboraram muito para reduzir a desigualdade”, afirmou.
Orlando Silva acrescentou que outros instrumentos estão contribuindo para a redução da desigualdade na área de educação, além de medidas econômicas, como a redução da taxa básica de juros e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além do estímulo ao turismo. “É assim que combatemos a miséria e pobreza. Isso é medido pelos números”, disse.
O ministro afirmou também que a colaboração dos Jogos Pan-Americanos é ajudar a promover o Brasil no exterior, além da geração de emprego e renda devido à realização do evento. Segundo o ministro, após a realização dos jogos será feito um estudo pela Universidade de São Paulo para analisar do impacto econômico dos jogos. “Vamos fazer esse estudo em três meses. O retorno do ponto de vista da imagem do país e do turismo também vai se descobrir em médio prazo”, afirmou.


http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=22067

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