5 coisas que você não sabia... sobre caixa preta

1. A caixa preta, na verdade, é laranja, para facilitar sua localização. A expressão surgiu como metáfora: os pilotos da Real Força Aérea (RAF) britânica, durante a Segunda Guerra Mundial, chamavam as inovações introduzidas em suas aeronaves de "black box". O laranja, vale lembrar, é a cor universal de salvamento.

2. No início da década de 50, uma série de desastres aéreos na Austrália levou o cientista David Warren a idealizar um aparelho que registrasse os movimentos na cabine do piloto. O primeiro protótipo veio a público em 1957.

3. A caixa preta não é um único artefato, mas dois: o CVR (Cockpit Voice Recorder), aparelho que grava as falas da cabine, e o FDR (Flight Data Recorder), que registra os dados técnicos. Os modernos FDRs gravam mais de 300 informações -normas internacionais exigem pelo menos 88 dados.

4. Instalada na cauda do avião, a caixa preta é feita de material muito resistente, como aço inoxidável e titânio, capazes de suportar um impacto de 3.400 G (1 G = força de gravidade da Terra), temperaturas de até 1.100º C por uma hora e pressão aquática em profundidades de até 6.000 metros.

5. Se um avião fosse construído com esse material, seu peso tornaria o vôo praticamente impossível. Por isso ele é construído com materiais leves, como o alumínio e o duralumínio.

[por Rosana Faria de Freitas]
Revista da Folha