1. O doce foi criado no Brasil em época de vacas magras. Logo após a Segunda Guerra Mundial, como não havia abundância de alguns ingredientes costumeiramente usados na confecção de doces, como leite fresco, ovos e amêndoas, decidiu-se misturar o que havia nas despensas: chocolate em pó e leite condensado.
2. Inicialmente era chamado de bombardeiro: nas festinhas, as crianças faziam guerra com a bolinha. Para reduzir o efeito aderente do doce, que grudava na roupa dos filhos, as mães acrescentaram a cobertura de chocolate granulado.
3. Diz-se que o atual nome se deve ao brigadeiro Eduardo Gomes, um dos sobreviventes da Revolta dos 18 do Forte, ocorrida no Rio em 1922, e candidato à Presidência da República em 1945 com o slogan: “Vote no Brigadeiro, que é bonito e é solteiro”.
4. A “homenagem” teve origem em uma piada infame: o uniforme usado por Gomes na revolta, exposto no Museu Aeroespacial, revelava um ferimento na região sexual e alimentou o boato de que o tiro teria destruído o saco escrotal do combatente. Daí a analogia: ao Brigadeiro, tal como ao doce, faltavam “ovos”.
5. O slogan e o nome do doce pegaram, mas a candidatura não: Gomes perdeu a eleição para o marechal Eurico Gaspar Dutra, que era feio e casado.
[por Deborah Giannini]
Revista da Folha
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