terça-feira, 25 de novembro de 2008

João Firmino Cabral, a Memória Viva do Cordel

Troca de saberes.
Durante a VIII Bienal Internacional do Livro do Ceará o cordelista Arievaldo Vianna esteve com João Firmino Cabral, onde puderam conversar e falar sobre experiências e passado.

Corria o ano de 1954... Aos 14 anos, o garoto João Firmino Cabral saiu de sua pequena Itabaiana e foi para Aracaju, onde encontrou-se com o poeta Manoel D'Almeida Filho, que, na companhia de dois outros folheteiros, cantava e vendia seus romances na feira próxima ao mercado. Munido de um alto-falante e um microfone, Manoel D'Almeida encantava a todos com sua pose de galã e a sua voz cadenciada e vibrante. O menino, que já era fascinado pela poesia popular, ficou embevecido. Esqueceu de fazer as compras que a mãe havia lhe ordenado e passou o dia inteiro na companhia dos poetas. Quando se deu conta, já eram quatro e meia da tarde e o último (e único) trem para Itabaiana já havia partido.

João Firmino começou a chorar desoladamente e foi socorrido por Manoel D'Almeida, que lhe ofereceu dormida e um prato de sopa para o jantar. O menino falou de seu grande amor pela Literatura de Cordel e disse que gostaria de se tornar um revendedor de folhetos. Manoel D'Almeida, vendo o interesse do garoto, confiou-lhe uma maleta com trezentos folhetos (trinta títulos diferentes) e Firmino seguiu para a feira de Itabaiana. Nascia ali um grande folheteiro que viria a se tornar, dois anos depois, um dos maiores poetas populares dessa geração.

Literatura de Cordel, versos narrando o cotidiano, principalmente no Nordeste. Dado esse nome por terem sido feitos em cadernos e pendurados nas cordas - cordel.

1 comentários:

leticia_rosane2011 disse...

Ele é um grande cordelista estou na sexta série e estou estudando um pouco mais sobre esse grande cordelista!!