quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Os negros continuam sendo discriminados


O país comemora nesta quinta-feira, 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra.

No entanto, apesar do reconhecimento e dos avanços em relação aos direitos de reparação da população afro-descendente, os negros e negras continuam sendo discriminados no mercado de trabalho.

"Em cinco regiões metropolitanas - Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo - e no Distrito Federal, a desigualdade entre negros e não-negros ainda persiste e, em alguns casos, se deteriorou."

“Tradicionalmente os negros entram no mercado de trabalho mais cedo do que os não-negros e permanecem por mais tempo, fato associado a um tipo de inserção mais frágil, muitas vezes, relacionada à menor qualificação profissional, o que leva à auto-ocupação ou ao emprego doméstico e à construção civil, em que a remuneração e o valor da aposentadoria costumam ser insuficientes para suprir os gastos da família”.

"Os negros continuam sendo ampla maioria na construção civil e nos serviços domésticos que são setores marcados pela menor cobertura dos mecanismos de proteção social, além dos baixos rendimentos, jornadas extensas e, no caso da construção civil, a alta rotatividade".

"A mulher negra é a maior vítima. Vinte por cento das mulheres negras só encontram ocupação no emprego doméstico. A taxa de desemprego da mulher negra é de 26,4%, contra 19,2% do homem negro. É a mais alta taxa entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas.

“Só as leis e pesquisas não bastam, se não houver a conscientização de toda a sociedade. É imprescindível existir respeito entre as pessoas, que devem ser analisadas pelo seu potencial e não pela cor da sua pele. Existe todo um histórico escravagista do qual não se fala, mas que discrimina e exclui"


fonte: Portal CTB

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