quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O que a sociedade é capaz de fazer pela educação?

A Associação Cidade Escola Aprendiz promoveu a mesa redonda “O que a sociedade é capaz de fazer pela educação?”, no Teatro da Vila, localizado na Vila Madalena, em São Paulo (SP).

O encontro reuniu agentes públicos, privados e organizações sociais que buscam e implementam ações que melhoram as condições de desenvolvimento e aprendizagem de crianças e jovens brasileiros.

“É muito difícil reunir tantas experiências com resultados tão concretos. Observamos aqui os efeitos do trabalho em rede”, disse o fundador do Aprendiz, Gilberto Dimenstein.

No evento foram apresentadas as experiências: Escola Integrada, de Belo Horizonte (MG); Bairro-Escola Imperial, de Barueri (SP); Centro é uma sala de aula, de São Paulo (SP); Nossa Barra Funda, de São Paulo; Cores da Vida, de São Paulo; Escolas Irmãs, de São Paulo; Mudando sua escola e comunidade, melhorando o mundo, de São Paulo; Desafio Max e Escola Técnica Max, de São Paulo; Na Faixa, de São Paulo; e Repórter Aprendiz, de São Paulo.

Teatro da Vila
O local escolhido para o encontro é um exemplo do que a articulação entre poder público, organizações sociais e iniciativa privada pode gerar. O teatro está localizado na Escola Estadual Carlos Maximiliano, o Max. A escola esteve em vias de ser fechada. Por meio da mobilização, denominada Desafio Max, a escola foi recuperada e o espaço antes usado como um arquivo morto, hoje é um local de cultura e educação. Atualmente, ali acontecem oficinas e apresentações de música, teatro e comunicação. Entre elas, alunos da escola particular Santa Cruz aplicam oficinas para os estudantes do Max.

Por meio do estabelecimento de uma parceria, hoje, o Centro Paula Souza oferece os cursos técnicos de Administração e Webdesign para a comunidade no Max. O sucesso da iniciativa foi tão grande que a relação candidato/vaga do curso de Administração é de 17 por 1. “O curso técnico oferece uma porta de entrada para o mercado de trabalho”, explicou Mauro Zuffo, do Centro Paulo Souza.

Todas essas ações estão ajudando os alunos a retomarem o desejo pelo conhecimento. Segundo a vice-diretora da escola, Rosana Silva, “a criança só pode fazer parte do processo quando ajuda construir esse processo”. Para Dimenstein, “a nova experiência serve para que o aluno se encante pela escola”.

Para concluir, a diretora-geral do Aprendiz, Natacha Costa, levantou a importância de promover momentos de encontros entre as ações. “Percebemos que esse movimento parte de muitos lugares. Também vimos que os desafios são muitos, mas não podemos perder de vista a perspectiva do trabalho coletivo. O importante é garantir espaços dessa construção”.
fonte:o aprendiz

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