domingo, 26 de julho de 2009

papo de... skatista (arte sobre rodinhas)

Engana-se quem pensa que o skate se resume a uma tábua com rodinhas para os garotos (e algumas garotas) se divertirem pelas ruas. O esporte, que se popularizou na Califórnia nos anos 1980, inspirou uma estética urbana, presente nas pranchas, camisetas e "stickers".

O artista plástico e músico Alexandre Sésper, 36, vocalista da banda de hardcore Garage Fuzz, homenageia o esporte.

O projeto Re:board, em cartaz no Matilha Cultural até 28 de agosto, traz mais de 200 "shapes", criados por skatistas brasileiros, como Billy Argel e Speto, e exibe um documentário dirigido por Sésper sobre o esporte no Brasil.

Skate também é arte?
A primeira customização acontece quando um parente lhe dá um skate feio. Você cobre com adesivo, desenha. No início dos anos 2000, as galerias começaram a abrir os olhos para a prancha de skate como suporte de arte. Mas é um formato novo, que ainda causa espanto. É muito relacionado com esporte infantil.

O que o atraiu no esporte?
O mais importante é o estilo de vida. Apesar de ser um esporte individual, tem um lado coletivo, pois você sempre quer que a pista ou a rua estejam cheias.

São Paulo acolhe os skatistas?
Não é uma cidade acolhedora para ninguém, mas não dá pra viver longe dela. Dá aquele apego à poluição, à pichação. Pode não ser muito saudável, mas inspira. Minha fase favorita é a do [prefeito] Jânio Quadros, quando ele proibiu o skate. Aquilo fez o esporte ser verdadeiro de novo. Respeito o processo de o skatista ser tratado como atleta, mas, na essência, ele tem que ser um fora da lei.

Fonte:revista da folha

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