Vamos supor que o brizolista Carlos Apolinário ou Orestes Quércia, do PMDB, tivesse sido eleito governador de São Paulo e, não, o presidente eleito (*) José Serra.
. Vamos supor que “politicamente, o projeto ajuda(e) Apolinário (ou Quércia) a se aproximar do eleitorado mais pobre, imprimindo uma marca popular ao governo. Ele visa a romper com a imagem elitista do PDT (ou do PMDB). Esse cortejo aos pobres é uma das bases do plano de reformulação e fortalecimento do PDT (ou do PMDB) com vistas à eleição de 2010.”
. Isso é o que a repórter Silvia Amorim, no Estadão de hoje, diz sobre a proposta do presidente eleito José Serra de aumentar o salário mínimo em São Paulo – só para os empregados de empresas privadas – para R$ 410. (Substitua-se PDT e PMDB e Apolinário e Quércia por PSDB e Serra.)
. Temo pelo destino profissional de Silvia Amorim (com quem não tenho parentesco).
. A fúria do presidente eleito pode desabar sobre ela.
. Se o governador fosse Carlos Apolinário, ou Quércia, o que diria a mídia conservadora (e golpista) sobre o salário mínimo de R$ 410 ?
. Um absurdo.
. Demagogia pura.
. Populismo barato.
. Os pobres não precisam de salário mínimo.
. Muito menos de Bolsa Família.
. Imaginem esse homem na Presidência da República !
. Porém, como se trata do presidente eleito é muito provável que o anúncio retumbante da providência seja recebido com a estupefação e o entusiasmo com que os americanos receberam o “New Deal” de Roosevelt ou a “New Society” de Johnson.
(*) “O Serra com essa mania, essa perseguição de ser candidato a Presidente da República toma atitudes que a gente não entende”. É o que diz a fundadora do PSDB, ex-deputada e ex-filiada ao PSDB, Zulaiê Cobra, hoje, numa entrevista ao jornal Valor, na página A13.
http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/428501-429000/428718/428718_1.html
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