Enquanto educadores discutem o impacto da violência na formação das crianças, games de tornam cada vez mais realistas e cruéis.
Em casa ou reunidos em LAN houses, crianças e adolescentes cultuam a febre por games politicamente incorretos.
Um dos campeões de audiência é justamente o GTA.
No site de relacionamentos Orkut, há comunidades como "Viciados em GTA" e "GTA: Só jogo pela maldade", com tópicos do tipo "Que maldade vocês acham mais legal fazer?". Algumas respostas postadas:
"O melhor do jogo é pegar um carro e sair por aí sem ver se é contramão ou calçada (...) aí é só procurar uma velhinha e colocar o carro em cima dela ou pular o polícia!"; "Subir nos capôs dos carros e explodir os miolos do motorista!"; "Eu, particularmente, curto sair por aí matando gente com a chave de fenda"; "Mano, vou te contar que aquela faquinha é um tesão de degolar a galera"...
"No Brasil, não existe lei que proíba menores de idade de jogar qualquer game. Não existe legislação porque não se supunha que chegaríamos a isso, é uma realidade nova. As crianças estão se divertindo de maneira bem assustadora", diz o advogado criminalista Maurício Zanoide de Moraes, professor de processo penal da Faculdade de Direito da USP e presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais.
Educadores brasileiros ouvidos pela Revista não foram tão condescendentes. "O problema maior que vejo é o desrespeito pelo ser humano. Mas não adianta proibir de jogar, porque aí o desejo fica maior. Os pais devem trabalhar essas questões com os filhos, ensinar a ter visão crítica dos jogos", recomenda Maria Angela Barbato Carneiro, professora da Faculdade de Educação da PUC-SP.
Para o psiquiatra infantil Francisco Assumpção, professor do Instituto de Psicologia da USP, a princípio, o videogame é uma distração como outra qualquer. "Tudo depende de como se usa. O problema não é o videogame, e sim o uso que se faz dele. Os pais precisam conversar e ficar junto do filho. Se ele não joga videogame, não estará participando da cultura da idade dele e será um coitado, como aquele que não pode ver TV, comer hot-dog ou tomar Coca-Cola."
Acontece que vários pais e mães não têm noção do que se passa no mundo dos games. "Eles muitas vezes nem sabem do que se trata o jogo, enquanto as crianças ficam batendo em velhinhas com naturalidade. Por isso, é bom pesquisar antes de dar um game ao filho", recomenda a psicanalista Vera Zimmermann.
[por Débora Yuri
3 comentários:
Sandra, seu blog é muito legal e, sobre esse joguinho terrível, a Coca-Cola fez um comercial que usa cenas e personagens alterando as cenas para coisas boas, usando a linda musica de John Williams "You Give a Little Love", trilha do filme Bugsy Malone que publiquei no Grupo Semana do Amor (http://semanadoamor.multiply.com).
Abração e hoje mesmo vou lincar vc no Meu Blues Pra Você. Beijão e obrigado pelo comentário!
Acabei de republicar o comercial no blog do grupo. Siga a url: http://semanadoamor.blogspot.com/2008/07/you-give-little-love.html
Beijos!
Nossa que bacana Helio sobre este comercial da Coca Cola, vou la dar um olhadinha sim.
Obrigada por comentar..adorei!
Vou te lincar tb.
Beijos
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