quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Juros: EUA cortam de 1,5% para 1%; Copom mantém 13,75%

As críticas contra o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central , do Banco Central), por ter mantido nesta quarta-feira (29) a taxa Selic de juros básicos em 13,75% ao ano, foram ainda mais contundentes por se contraporem ao corte decidido no mesmo dia pelo Federal Reserve (ou Fed, o banco central dos Estados Unidos), de 1,5% para 1,0% anuais.

Lula faz ironia com Copom e Alencar
O prefeito de Belo Horizonte (MG), Fernando Pimentel (PT), que teve nesta quarta-feira uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse à imprensa que o próprio Lula defendeu a redução dos juros.

Em um momento da reunião de Lula com o oprefeito em fim de mandato e o eleito para sucedê-lo, Márcio Lacerda (PSB), passou pela sala o vice-presidente, José Alencar, mineiro e uma das vozes mais críticas à ortodoxia do Banco Central. "Vamos ver se o Copom vai agir hoje como o Alencar quer", disse o presidente, conforme o relato de Pimentel.

Lula, no entanto, mantém uma política de "autonomia de fato" em relação ao Banco Central. Embora tenha manifestado contrariedade já em outras ocasiões, não ousa enquadrar ou substituir o presidente do BC, Henrique Meirelles, que comanda um bunker ultra-ortodoxo no interior da equipe econômica do governo.

Cortes dos juros se espraiam face à crise
O primeiro corte de juros de outubro nos EUA, no início do mês, foi uma decisão coordenada entre vários países, numa tentativa de resposta conjunta à crise. O desta quarta-feira não, mas coincidiu com decisões semelhantes de outros países.

A China decidiu reduzir em 0,27 ponto a sua taxa de juros básica, de 3,87% ao ano para 3,60%. Esta foi a terceira redução da taxa de juros chinesa em seis semanas.
O banco central da Noruega decidiu no mesmo sentido nesta quarta. Nesta sexta-feira (31) será a vez do Japão examinar um corte nos juros. Esta tem sido a tendência geral dos bancos centrais do mundo, que deixaram de priorizar a rigidez antiinflacionária diante da ameaça maior de uma recessão econômica, muitos deles praticando inclusive taxas de juros negativas.

fonte:Vermelho

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